sábado, 18 de agosto de 2007

Desfazendo o rascunho

1- Ouvi essa semana o último álbum dos Chemical Brothers "We are the night" e tenho que mencionar aqui que o trabalho está maravilhoso. Não conheço a discografia completa do duo de Manchester, Inglaterra. Todavia digo que este álbum é digno do trabalho dele e o mais interessante, que eles são capazes de se renovar, mesmo pegando "coisa velha". Explicando: pelo que ouvi de trabalhos anteriores eles têm uma pegada forte no rock entre outros estilos. Em We are the night, talvez por fazer alusão à danceteria, o rock fica um pouco de lado e tem-se outras misturas, como o hip-hop do começo dos anos 80 - algo também explorado pelos dinamarqueses do Junior Senior - electro e batidas mais "viajantes". Quem ouviu a última faixa da coletânea de singles deles lançada em 2003 (não ouvi ainda o "Push the bottom", de 2005), tem-se a impressão que Golden Path - faixa com o "Flaming Lips"- teve uma continuação neste álbum em sua primeira faixa "No Path to Follow", não apenas pelo substantivo coincidente. Isso sem falar na faixa à la Justin Timberlake- que torçam o nariz os seus fãs mais afoitos ao "odeio música pop" - Do It Again. Acredito ser meritoso um artista conseguir soar mais pop sem que isso signifique perda de qualidade. E talvez por isso alguns críticos tenham torcido o nariz para o álbum por conta da maldita síndrome de underground. Outra faixa que merece ser mencionada é "Modern Midinight Conversation" que tem uns samples que me fizeram voltar para o começo dos anos 80, quando eu ouvia Manchete FM e tentava imitar o povo dançando break na novela "Partido Alto". Ok, não era em Manchester.

Aqui o clipe da timberlakeana "Do It Again" com um "q" de Push the tempo do Fatboy Slim:




2- Não preciso mais falar do "Cansei". O comentário no post anterior do Rodrigo e essa notícia são sufcientes. Apesar do tiozinho ser mais um daqueles loucos chavistas que acham a Venezuela "modelo de socialismo", os gongos dele em gente tão variadamente absurda como Hebe, Ivete Sangallo, Agnaldo "do Cacique" Rayol, João Dória Jr e o próprio presidente da OAB - o mesmo que defende o casal Hernandez da Rensacer- são maravilhosos.

3- Por que a novela das 7 é chata?

a) Por que a Priscila Fantin é péssima atriz, caricata e chata?
b) Porque o Gianecchini não convence como taxista?
c) Porque o Walcyr Carrasco insiste em ser didático ao apresentar os 7 pecados.
d) Por que tem Cláudia Raia no eterno papel de travesti?
e) Por que insiste com Mel Lisboa como "femme fatale" (e acho que a menina tem talento).
f) Por que tenta me convencer que vou pegar um táxi em Sampa com o Max Fercondini com um bigode nada a ver?
g) Por que Giovana Antonelli se encontra insossa e apagada, bem diferente da novela que reprisa depois do Video Show?
h) Por que desenterrou o Juan Alba ao invés de deixá-lo perdido pelas Records da vida?
i) Por que o excelente -e gostoso- ator Aílton Graça parece-me engessado no papel do Barão?
j) Por que tem a Claudia Gimenez como a eterna gorda-engraçada-do bem fazendo dupla com a anja biba de Niterói? Saudades de Edileuza.

Todavia, tem alguns pontos interessantes, incluindo Gabriela Duarte -sim, ela mesma, a Maria Eduarda chatíssima do Maneco- fazendo um papel interessante, embora clichezento como a professora bacana que vai mudar os marginais do colégio e com boa interação com Marcelo Novaes.

A novela das 6 não existe, portando dispensa comentários.

4- Ouvi também o álbum Idealism, do Digitalism. É um álbum legal, bem feito e tudo e tal. Só não compreendo esse hype todo em torno do Digitalism e essa coisa do "vem ou não vem tocar no Tim Festival". Aliás se é uma coisa que me dá nojo é esse Tim Festival: aparecem os hypes de ocasião, blogs e fotologs de bichas desesperadas comentando que foram no show de fulano de tal para se sentir "in" mesmo sem saber sequer onde fica a Península Nórdica ou a Jutilândia - local de onde aparecem muitos dos hypes/indies atuais - e aquela invasão de gente aqui na Marina da Glória que aflora o meu instinto parisiense wannabe que detesta um batalhão de gente de fora na "minha área".

5- E os morangos da feira aqui perto - devem ser de Atibaia, como diz a Dona Edith - são melhores porque não estão mofados, pode comê-los sem açúcar o que agrada muito este ser gordo que escreve esse post rabugento e azedo, como os morangos.

2 comentários:

EDUARDO OLIVEIRA FREIRE disse...

Ser irônico é uma inteligência. Eu gostaria de ser assim.

http://dudv-descarrego.blogspot.com/

EDUARDO OLIVEIRA FREIRE disse...

Quero dizer ser irônico é ser inteligente.