terça-feira, 31 de janeiro de 2012

As fluminenses


Bem eu sou daqueles neuróticos histéricos que repetem que carioca é quem nasce na cidade do Rio de Janeiro. Atravessou a Dutra, a Serra do Mendanha, o Rio Meriti ou a Ponte rio Niterói o "carioca" morre e pode-se usar o que todos nós cariocas, niteroienses, gonçalenses, campistas ou araruamenses somos: fluminenses.

Baseado nessa ideia vou escrever "As Fluminenses" baseado totalmente em fatos reais, a saber:

- A Desaparecida de Araruama;
- A Adúltera de São Pedro d'Aldeia;
- As Inconstantes de Cabo Frio;
- A Neurótica Obsessiva de Barra do Piraí;
- A Dissimulada de Volta Redonda;
- A Dama da Noite de Casimiro de Abreu;
- A Gringa de Macaé;
- A Aposentada de Itaperuna;
- A Bipolar de Paraíba do Sul;
- A Dama da Tarde de Nova Friburgo;
- A Política de Cordeiro;
- A Enfermeira de Itaboraí;
- A Maldita de Niterói;
- A judoca de Resende;
- A Solitária de Angra dos Reis;
- A Ninfomaníaca de Búzios;
- A Evangélica de São Gonçalo;
- A Caladona de Nova Iguaçu;
- A BBB de São João do Meriti;
- A Pintora de Nilópolis;
- A Samaritana de Tanguá

Mas isso não é uma questão de opnião

Estou preguiçoso com o liquididificador, compreendo. E a ressurreição de um texto do Danili Gentili de 2008 na minha timeline do facebook fez com que minha cabeça entrasse de fato no liquidificador (sem os di repetidos, por favor).

O fato em si não foi o fator principal. Eu poderia fazer um tratado completo sobre polissemia, falar de significante, significado, Saussurre, Lacan, antropologia , a teoria de Goffman sobre estigmas, projeto genoma e o escambau. E poderia repetir a diferença entre humor politicamente incorreto com exemplos e a grosseria pura e simples. Poderia, mas há uma razão mais simples diante de comentários de pessoas - de pensamentos políticos opostos - que assinaram embaixo para a baboseira desse senhor considerando-o genial. Tão ruim quanto um Bolsonaro da vida é ver esses discursos travestidos de uma suposta modernidade progressista.

Não me importa se posso ser considerado considerar racialista, ressentido, que estou me fazendo de vítima ou o caramba a quatro. O fato é simples: não quero ser xingado de baleia, macaco ou viado ou seja lá o que for. Xingado, esse é o termo, diferente de um amigo meu que chega e diz "viado, como tá a senhora?" que aí a semântica é outra. E isso não é uma questão de opinião, é grosseria mesmo. Sem teorias.

domingo, 1 de janeiro de 2012

MMXII


Se teve uma coisa interessante no ano que passou foi ver alguns acontecimentos como crônicas, apesar de ser fã do gênero e medíocre para escrevê-las.

Dia de sair de Araruama e vir para Copacabana, esse bairro-cidade que nunca para. Muitos tipos bonitos de todos os tipos (a repetição é proposital) e muito movimentado obviamente, com direito às figuras novas e aquelas que já fazem do bairro.

Aí no dia 30 pode-se ver clientes a procura das profissionais do sexo em suas quitinetes. Deve ser algo comemorativo ou pura vontade. De qualquer forma os que ali passarem já estão abençoados com alguma mensagem em forma de versículo da Bíblia pregado na porta.

Então papo com o porteiro na madrugada para saber mais ou menos como será a festa no dia seguinte e ele já avisando que não tem bagunça no prédio que ele não deixaria. Passam pessoas, entram senhora e senhor na boate de strip-tease que como Marilac devem quer algo de diferente neste verão. Isso na volta da madrugada do mercado relativamente cheio para o hora, em especial adolescentes apinhados na seção de bebidas, indecisos e com suas tolas brincadeiras (sim eu já fiz isso também).

Cervejas, mantimentos e rum comprados é esperar o dia seguinte. E pode-se dizer que foi bem sossegado, preparando a ceia. Posso dizer que foi feita em absoluta tranquilidade a ponto de podermos descer e acompanhar o papo de uma ex dançarina de uma boate ali de Copa reclamando do pessoal "de comunidade" que vai para a praia além de não sei quantos parentes vindo de Anápolis (Goiás insiste em nos rondar) e tudo o mais. Fora as olhadas descaradas e nossa visão fragmentada entre os Bombeiros, a Guarda Municipal, as janelas, as portarias e o grupo que só queria aproveitar a água dos chafarizes próximo à estátua da Princesa Isabel.

E assim foi. Os pedaços crus do chester demorado foram para o grill. A cuba libe + antártica bateram bem e lá fomos nós para areia festejar a chegada do ano novo com os belos fogos de praxe. Depois uma rodada pela muvuca, volta para jogarmos Mortal Kombat (será esse um ano nerd?) e retornamos à praia já sem show, mas com muita muvuca.  Hora de rirmos mais um pouco da vida e voltarmos para dormir que dois mil e doze só está começando, ainda que em um texto fraco, mas liquididificado.