segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Estresse pós-traumático (exorcismo)

Então tá, diz a premissa básica da sexualidade deste que vos escreve: "a gente canta onde tem platéia". Frase by Fabio, aliás.

Pois é, se eu for ao Teatro Municipal é mais fácil dar show- apesar dos prognósticos serem completamente desfavoráveis ao meu repertório neste recinto- do que na Praia de Copacabana. E detalhe: neste último alguém com repertório pior ou mais desgastado que o meu será mais aclamado pelo público.

Mamãe avisa: Didi, pára de querer dar uma de democrático a favor dos oprimidos, neste campo da vida a elite pode parecer mais fechada, mas lá quando você terá público, coisa que não ocorre na "grande massa". Pois é, fazer o que?

Depois deste domingo no Sambódromo este conselho fica claro, tal como aquele outro de papai: fica esperto com quem não te olha nos olhos.

Então tá, após um desarranjo no ego e o pretexto desse post completamente metafórico - e é proposital isso - com objetivo auto-terapêutico eu preciso rever meus conceitos. Ou seja, Didi, cante onde tem platéia. Todavia se a mesma desconhece Mozart e adora Ivete, triplique o seu cachê.

Faz sentido!

Ps: Quem me achou nojento, narcisista e escroto neste texto está completamente certo.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Partindo

Hora de partir e ontem à noite me senti esquisito, um tanto para baixo. Sorte a minha de ter amigos que entre tantas qualidades, possuem a capacidade de me fazer rir mesmo diante do bode da partida. Acredito que esse sentimento, aparentemente ruim, seja sinal de que esses dezenove dias foram muito felizes. O que tenho que fazer aqui é agradecer a todos que participaram desses dias comigo...tá, vou tentar ser menos piegas e não transformar esse blog em uma coleção de frases feitas de perfil de participante do BBB.

Aliás, para quem quer rir, vale a pena conferir o perfil do povo . Li aquilo e tive que concordar com o Matias que, para aquele povo, qualquer um que apareça na TV depois das 23hs, é considerado inteligente. Vide as respostas para Arnaldo Jabor e Jô Soares.

Falando ainda nesse reality show, só vou dizer uma coisa sobre a ursa: tomara que o povo lá descubra que ele é viado e comece a perseguí-lo e jogue-o no paredão. E isso acontecendo, votarei muito para ele sair... militância pró-toiça mode off já! O cara tá dando no saco (sem trocadilhos), faz um jogo sem nexo querendo pagar de bofe para cima do povo. C'mon...

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Habemus Ursa

Me bate uma certa tristeza quando percebo que uma das coisas que motivam posts nos meus blogs - este e os antigos- é o BBB. Tudo bem, pararei com o "Mea culpa, mea maxima culpa".

Não vi ainda o BBB8 mas estou acompanhando os comentários, em especial em blogs como o Big Bosta Brasil e o flog do Erly e por ai vai... Claro que estou ligadíssimo no lance do psiquiatra Marcelo, para quem meu gaydar- sempre com defeito- apitou só de ver no site do programa. Aliás, basta ler a entrevista do toiço no site, aquela com esquema bate-bola, jogo-rápido da Marília Gabriela. E agora, ao que me parece o rapaz saiu do armário.

No entando, em meio a essas piadas todas e tudo o mais me veio os velhos estalos de sempre na cabeça. Como funciona essa coisa chamada "masculino" em todas suas variações. Ser homem sempre exige provas. Em sociedades tradicionais existem ritos de passagem do menino pro homem. Na nossa sobra violência - os homens são os que mais cometem e sofrem violência- e a necessidade de se livrar de uns fantasmas básicos: não ser corno, não ser broxa e não ser gay...este último é que me chama a atenção no caso do Marcelo BBB8.

Enquanto o cara não se assumia, ou estava esquivo, sei lá, chovem piadas a respeito, especulações e tudo o mais. É foda ter uma sexualidade que é o tempo todo medida, vigiada, questionada, mais que a heteronorma, em que você é obrigado a dar satisfações, seja na família, no trabalho ou num reality-show. Atiça mesmo a curiosidade, até mesmo a minha. Acho que nem mesmo outros homossexuais estão livres dela, seja eu neste blog ou os outros que já citei.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Mais um texto chato e abstrato

Amor e liberdade são palavras, talvez, impossíveis de serem definidas. O perdão me foi ensinado como uma virtude que eu penso ser, muitas vezes, impossível de ser cumprida. Aliás, me dá certo pânico constatar que certas "virtudes" são ensinadas. Preferia sentí-las e exercê-las, dentro de todas as limitações e erros que fazem parte desse troço chamado "ser humano".

Creio ser este momento chave para perceber essas três coisas: sentir a liberdade, pensar sobre o(s) meu(s) amor(es) vendo na minha frente como ele se dá com outras pessoas e ainda criar uma forma muito própria de exercer esse perdão (ou não). Acho que essas três coisas juntas me aproximarão de algo parecido com virtude.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Relax

Volto à Curitiba, 12 ou 13 anos depois. Desta vez com várias diferenças até porque, não é um "bate e volta". Agora tenho a possibilidade de realmente conhecer essa cidade, uma vez que estou de fato na cidade e por mais tempo.

A "capital brasileira da ecologia" ou algo assim faz jus ao seu nome. É uma cidade com muitos parques, o verde é bem presente e tudo o mais. O sistema de transportes chama a atenção com vias rápidas exclusivas para ônibus, o que facilita a viagem. O preço da passagem a R$1,90 são bem mais interessante que os famigerados "2 e 10" carioca. E cada ponto de ônibus, a maior parte são aqueles famosos tubos, tem um nome o que facilita a identificação dos locais onde você para bem como a articuação entre os terminais. Tá, não sou aquela pessoa deslumbrada com a cidade lá pelos idos dos anos 90 quando Lerner era tendência....

A cena mais engraçada ocorreu no dia primeiro. Estávamos em um carro e tinha um caminhão que toda hora passava ao nosso lado e às vezes fechando. Me senti naquele filme "O Encurralado". E lá pelas tantas, quando o carro para ao lado do caminhão vem uma batidão de "buatchi" e o que o condutor daquele veículo escutava era "Relax, take it easy" do Mika. E quando a música começou ele aumentou o som... e minutos depois desse emparelhamento, ele aumentava o som para escutar Ana Carolina. Para o meio de transporte e a ocupação dele ouvir a brasileira fazia mais sentido que o libanês.

2008 promete...feliz ano novo a tod@s!