quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Menina pastora e existencialismo made in Gloria

Acabei de ver e ouvir o tal funk da Menina Pastora. Sinceramente, não entendi essa celeuma toda em cima do video. É engraçadinho, mas não é "oh" lá essas coisas. Será que estou ficando velho e chato?

O video de Cris Nicolotti com seu famoso "vai tomar no cu" é deveras mais interessante apesar de ter perdido a graça por conta do tempo. O mesmo vai acontecer com o funk da menina e tantas bobagens do you tube que irão aparecer, se é que o you tube também não vai sumir na fumaça. Só não sei daqui a quantos segundos.

Cultura chiclete, mascamos o doce, percebemos depois a borracha que é e jogamos fora. Tudo é pra ontem, rápido, acelerado como esses sucessos dentro e fora da internet. A fama dura menos de 15 minutos. Claro, o gozo não é etermo. Melhor mesmo se jogar na rapidez das coisas e do próprio gozo e evitar ao máximo, nesse mundo hedonista, a chegada do desprazer. Por isso o ecstasy é a droga-metáfora perfeita dos tempos atuais. E na falta dela, vamos todos esperar pelo próximo link nessa nossa eterna (e ridícula) maneira de disfarçar ou escamotear a maior certeza de todas: a morte.

2 comentários:

Matias disse...

Resposta à pergunta: sim. Reposta gratis: affff. Eu também estive pensando em morte estes dias.

Querendo Mudar disse...

A menina pastora não deveria dar nem meio ibope pra alguém. Não bastasse essa miniatura de Lovejoy gritando feito uma possuída, meu bairro foi invadido por uma versão gospel de "micareteiro que coloca o carro aberto com o som nas últimas". Pra que ter medo do inferno se ele já está a quinze minutos da minha casa???