sexta-feira, 11 de março de 2011

Antes do carnaval findar

O carnaval é uma fase de euforia maníaca e o brasileiro, o carioca deixa isso mais evidente, mostra seu lado bipolar.

Carnaval louco e ao mesmo tempo sem graça, porque carnaval com chuva é nojento, abjeto e repugnante. Não aceito!

A minha mania deixo para a timidez que o latão de cerveja pode eliminar. Não é de cunho sexual, mas de falar na lata. Em meio a isso drags e muros de amônia e espíritos de natais passados que me dizem estar convertidos ao meu desejo. E uma cara de tacho frustrada na mesma noite me dá um prazer sádico.

O mundo se vê o Japão se partindo por um terremoto. Somos nada e não só o tempo que nos devora. É tudo que está na Terra. Isto quando não somos nós mesmos os grandes canibais capazes de sabotarmos a nós mesmos. Não sou diferente.

Depois da empolgação, vem o bode. Motivado por duras palavras que ativa o meu próprio algoz, cansado das horas de sono. O ano novo começa na próxima semana, hora de dizer os versos de Castro Alves ao meu carrasco interno:

"Basta de covardia! A hora soa...
Voz ignota e fatídica revoa,"


Nenhum comentário: