domingo, 11 de setembro de 2011

Do canibalismo

Engraçado que hoje pensava no caminho entre o Flamengo e Copacabana sobre alguns tabus que cercam a sexualidade. Só que antes disso pensei no canibalismo, um tabu de fato e não tão metafórico quanto os demais que pensei.

Estava passando os olhos pela manhã no texto que publiquei sobre o "norte do desejo" que o blogger colocou como o mais acessado cá no liquididificador (de um ponto de vista relativo). Deve ter sido obra do Sagat lá na foto.

Tem algumas comparações entre a sexualidade e o ato de comer. Popularmente, "comer", é um verbo que serve como sinônimo de ato sexual, ou melhor dizendo, de penetração.

Esses dias notei que engordei bem. Segundo Osmar isso se deve ao trânsito de Júpiter em conjunção ao meu sol natal. Segundo eu mesmo é frio, desculpa para dizer que estou comendo demais e sem fazer os exercícios que quero. Daí olhava para o rapaz que corria pelo ponto de ônibus com os olhos do desejo. Um desejo quase canibal.

Dizem que o ato de canibalismo praticado por certas tribos era pra ter as virtudes do morto incorporadas no ato de comê-lo. Talvez parte do meu desejo, esse de natureza puramente sexual, deve ter sido exatamente essa a minha sensação. Algo intuitivo que mostra no olhar ao outro partes do seu próprio ego, um espelho ideal. Deve ser isso que tenho tentado chamar de Oeste do desejo, tema que ainda quero falar sobre.

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