sábado, 23 de março de 2013

Como liqudidificar o carnaval?

No meu infame trocadilho com o nome desse blog penso que o tempo pode ser um aliado ou cruel motor para a liquididificação. Eu era para ter feito isso com o carnaval, que já foi há mais de um mês (daqui a pouco já é Domingo de Ramos) e nada foi mencionado aqui.

Talvez porque há experiências que são mais intensas e ao invés de serem colocadas numa espécie de associação livre, elas são melhores se forem sentidas. E no fim vem a elaboração textual, apesar de achar meus últimos textos muito fracos nesse sentido.

É engraçado agora recordar tudo. A figura da barca que vai e volta na mesma embarcação  para ver se resolve algo. O velho que me diz algo que não entendo. Os moços do 472. A sexta-feira. A necessidade de comprar bebidas. Aquele bloco simples no Leme com cordas. O multibloco dessa vez bem mais cheio e que rendeu fotos como a que ilustra esse post. A necessidade por descanso. O meu domingo cedo e maquiado com Osmar, Jefre e Átilas. A noite com comentários de Fabiana e volta pelo Centro do Rio. Rir com Sandro e Jadir e rever outras figuras. O reencontro com alguém que não vi pessoalmente e a noite ao som do samba da Portela. A manhã ressacada e eu perdendo uma estação do metrô. Aquela segunda de pura pasmaceira, que é a praga do carnaval, mas torcendo para Fabi se dar bem em seus desfile (e assim foi!). A terça-feira no Rio Maracatu e depois na Banda de Ipanema. O ar de desleixo que aparece quando eu bebo e me dou conta que esse desleixo é como eu gostaria de ser (ou na verdade sou). As revelações falsas de um espírito do Natal passado do meu amigo. Outra volta pelo mesmo lugar e dessa vez a noite é do Sandro.

... a quarta-feira de tão bonita merece uma linha separada. Meu coração agora bate mais devagar que em outras situações parecidas, porém com grande intensidade. Achei que nunca mais sentiria isso, mas o amor tem dessas coisas...

(e me obriga a pisar em ovos...)

... a quinta feira com uma figura maluca dos Andes que só Deus sabe como chegou no Brasil. A noite doida do meu melhor amigo que não será narrada no programa de TV vespertino. E vem a sexta...o sábado no fim do horário de verão eu deixo a Manchester Fluminense que estava no ensaio da Viradouro para ver a Manchester de fato. Para um domingo mais calmo e uma segunda feira de reencontro com parentes, de viagens emocionais, antes mesmo de voltar para casa.

Assim foi, assim tá registrado. Os neuróticos-obsessivos precisam disso. Mas que se foda, o gostoso é dar uma gargalhada e perceber que assim como as criações no texto, muita coisa é maquiagem.

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