sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Habemus Ursa

Me bate uma certa tristeza quando percebo que uma das coisas que motivam posts nos meus blogs - este e os antigos- é o BBB. Tudo bem, pararei com o "Mea culpa, mea maxima culpa".

Não vi ainda o BBB8 mas estou acompanhando os comentários, em especial em blogs como o Big Bosta Brasil e o flog do Erly e por ai vai... Claro que estou ligadíssimo no lance do psiquiatra Marcelo, para quem meu gaydar- sempre com defeito- apitou só de ver no site do programa. Aliás, basta ler a entrevista do toiço no site, aquela com esquema bate-bola, jogo-rápido da Marília Gabriela. E agora, ao que me parece o rapaz saiu do armário.

No entando, em meio a essas piadas todas e tudo o mais me veio os velhos estalos de sempre na cabeça. Como funciona essa coisa chamada "masculino" em todas suas variações. Ser homem sempre exige provas. Em sociedades tradicionais existem ritos de passagem do menino pro homem. Na nossa sobra violência - os homens são os que mais cometem e sofrem violência- e a necessidade de se livrar de uns fantasmas básicos: não ser corno, não ser broxa e não ser gay...este último é que me chama a atenção no caso do Marcelo BBB8.

Enquanto o cara não se assumia, ou estava esquivo, sei lá, chovem piadas a respeito, especulações e tudo o mais. É foda ter uma sexualidade que é o tempo todo medida, vigiada, questionada, mais que a heteronorma, em que você é obrigado a dar satisfações, seja na família, no trabalho ou num reality-show. Atiça mesmo a curiosidade, até mesmo a minha. Acho que nem mesmo outros homossexuais estão livres dela, seja eu neste blog ou os outros que já citei.

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