quinta-feira, 17 de junho de 2010

Rumual Équiça

Nasci em um ano de Copa do Mundo. Não é lá grande coisa afirmar isso, já que foi uma copa vergonhosa: a Argentina, assim como o Brasil naqueles estranhos anos 70 entre o primeiro e o segundo choque doi petróleo, já começava a dar sinais de uma ditadura caduca. O que fazer então? Colocar um time como campeão e, a exemplo de Médici em 70 - só que na "sujeira"- capitalizar a Copa politicamente. No entanto isso não importa, eu gosto de Copa.

Pensei em fazer um longo texto relacionando cada Copa do Mundo com o momento em que estava vivendo bem como com os fatos políticos de cada época que são emblemáticos. Por enquanto bastamos lembrar: eleições diretas para governador (82), plano cruzado (86), confisco da poupança por Collor-Zélia (90), plano real (94), reeleição de FHC (98), eleição de Lula (2002), reeleição de Lula (2006). Deixo para o leitor pensar sobre cada um desses fatos e o resultado das Copas, bem como a participação do Brasil e a partir daí, fazer suas analogias.

Não assisti a todos os jogos da primeira rodada da Copa. Tmabém não tenho todos os jargões de um entendedor de futebol. Só sei que Messi é o grande craque argentino, apesar de Higuain ter detonado no jogo de hoje contra a Coreia. A Espanha era favorita, como em vários anos, mas não deu pra ela frente a retranca suíça. O goleiro da Nigéria é excelente, mas "bateu roupa" hoje no segundo gol grego. Já Green da Inglaterra teve um frango histórico. Culpa da Jabulani? Não sei... Os jogos em geral tem sido modorrentos, com placares magros apesar da correria. Tempos de exigência do preparo físico e do futebol de resultados.

Enfim, tudo o que mencionei no parágrafo anterior é só o óbvio, mesmo adorando ver as mesas redondas e os comentaristas. É ótimo xingar Galvão Bueno, ver o Casagrande defender o direito a vida privada - para quem teve problemas com drogas- ao falar de insinuações maliciosas sobre a orientação sexual de um determinado jogador espanhol. Adoro ver Galvão alfinetando Arnaldo Cesar Coelho e vice-versa. Ver que é ridículo ver a Globo ter o tal Rogério como locutor estepe narrando os jogos do Rio de Janeiro. Que Tiago Leifert é um Tadeu Schimidt polaquinho que daqui a pouco estará na Record, porque ele tem cara de Record. E pensar que o lugar de Neto, Milton Neves, Vampeta, Denilson e Edmundo é na Band mesmo por não terem "cacife" para estar Vênus Platinada. Tudo isso, sinceramente, é divertido.

As coisas dependem do olhar e de como cada um se coloca. Estão aqui as minhas breves colocações sobre esse evento que mexe com todo mundo. Não importa se é alienação, manipulação midiática, ou como bem disse Roberto Pompeu de Toledo, uma disputa de seleções europeias recombinadas. cada Copa tem sua história e suas peculiaridades. Algumas são chatíssimas, outras entram para a história. Não importa. Por enquanto vou acompanhando a de 2010. Quem sabe faço o próximo post com os jogadores que mais "emocionam"? Aceito sugestões.

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