sexta-feira, 20 de julho de 2012

Dos galhos em linha reta


De repente busca-se um ponto. Ou melhor, uma sucessão deles formando uma linha reta. O caminho é grande, mas fazendo tudo com planejamento, tudo pode sair certinho e levar exatamente ao ponto que se deseja. Como a viagem a um lugar mágico que nem sempre fora tão desejada, mas motivada pela possibilidade de um encontro vão se criando raízes.


Além das raízes vem os galhos que vão se afinando e ficando flexíveis. É a maneira melhor de poder crescer, resistir ao vento sem se quebrar. É seguir o devir sem encarar de frente a morte. E ao apoio encontra-se a ilusão no sorriso de um homem.


Só que o homem que sorri, tão aberto às emoções, como o jardineiro desse jardim, esquece-se de falar. Tem medo e baixa a cabeça.


Um curto-circuito e os galhos então deixam de seguir seu rumo. paralisa. Ou então procuram novas alternativas, novas rotas.


E no fim da tarde estas rotas se abrem. Mas ao invés de se olhar para elas ou saber exatamente onde quer chegar, que tal contemplar, ainda que por um instante curto, a beleza delas?


Nesse momento o jardineiro torna-se inútil, como sempre foi na construção dessa caminho perdido. O que conta agora é a beleza de sua própria natureza. A revelação dói, mas ao mesmo tempo, liberta...e é bela!

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