sábado, 15 de dezembro de 2012

Não moro em uma maçã


Acabo de ler essa matéria que o meu querido Osmar postou no facebook. De cara minha cabeça começou a dar voltas e pensar na vida de pessoas que, mesmo afirmando o contrário em certos momentos de aparente lucidez, se mostram completamente encantadas por um determinado produto. E tudo isso para se sentir bem nos seus grupos de convívio, mesmo que o produto não caiba em seu orçamento ou ainda, não raro, que seu nome não esteja sujo no SPC ou Serasa.

Depois pensei: se alguém quer viver assim, o que eu tenho a ver com isso? Se ela diz pra mim que é de um jeito e depois age de outro, de acordo com os seus interesses, o que eu, Odilon, tenho a ver com isso? Do que adianta eu servir de "conselheiro" ou algo do tipo? É o que eu penso e acho o que conta, ou o que a pessoa faz?

Influências? Não! Hoje percebo que o que conta não são influências. São escolhas.

Por essas e outras parei no banho a olhar para os azulejos e pensar nas pessoas na minha vida que sempre me dizem algo e pensar: epa, o que eu faço para o meu bem, em última análise, é a minha própria escolha. E se não quero que o outro submeta as suas escolhas na minhas, também não posso repetir o mesmo comportamento. Respondendo às perguntas anteriores, não cabe a mim determinar o que é certo ou o que é errado. Virar um cagarregra. 

E, obviamente, isso não é algo fácil.

E voltando aos 3000 paus do Iphone 5, é aquele momento que penso: Odilon, você tem uma casa para terminar. O resto, meu caro taurino, é só ferro velho.

2 comentários:

Rodrigo disse...

Não diria que é ferro velho.... é bijuteria barata. O mais importante é terminar a casa (algo que, sinceramente, duvido que conseguiremos NESTA vida e é a única "coisa" que levaremos para a próxima). O resto é o resto.

Foi interessantíssimo ler este post agora. Hj a noite, eu conversava com um amigo mais uma vez sobre o mesmo tema e com as mesma consequência: entrou por um ouvido dele e saiu pelo outro. Qdo cheguei em casa, comecei a pensar se valia a pena insistir para ver se algum dia, em algum momento ele conseguiria captar alguma coisa. Seguindo os conselhos de Jung e a sua sincronicidade, é hora de matar o assunto de vez.

Evandro disse...

O pior é a ofensa dirigida, mesmo ela vindo de alguém que saiba exatamente como o que o outro pensa e opina sobre.