segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Impichimã

Política é, sem sombra de dúvidas, um dos meus assuntos favoritos. Só creio que não tenho comentado nada sobre o assunto aqui e também tenho me preservado ao ler sobre o tema nas redes sociais. Não que eu as considere irrelevantes, mas tenho consciência de que política é mais que a pessoa no principal cargo do Executivo e uma série de textões.

Eu tenho lido muita coisa que é dita, seja por órgãos oficiais ou pela chamada mídia alternativa. Não tenho paciência é para aqueles blogs reaças ou chapa-branca, porque aí é puxado.

Poderia elencar uma série de coisas. E esse texto aqui serve, talvez, para satisfazer um desejo neurótico meu de ter que mencionar algo sobre o assunto (a neurose detesta o vazio). E das coisas que penso serei bem simplista: temos um sistema político cagado- na verdade ele é feito pra beneficiar os poderosos-, no qual se quem está no poder tem que fazer aliança com o PMDB, a verdadeira geleia geral do Brasil. E a questão é mais além do "brasileiro não sabe votar", se não prestarmos a atenção como se dá o financiamento de campanha, o uso das máquina governamental, os acordos, o dinheiro do grande capital, a nossa cultura política, o fato de sermos um país em que passamos 300 anos sob a chibata de forma oficializada e mais outros 100 de forma (não muito) disfarçada.

Reconheço muito os avanços na área social que vieram na era Lula-Dilma, especialmente quando ouço o que me dizem meus familiares lá no sertão cearense. E sei que para outros setores colocados a margem, a barra continua sendo pesada. E creio que com o que vem por aí será bem pior.

Li uma frase que pode parecer simplista, que diz que "com impeachment ou sem impeachment" o povo continuará se ferrando. De certa forma concordo com ela, mas penso que o que está ruim, pode ficar ainda pior. Ao invés das alianças dos governos anteriores com o grande capital, agora esses poderosos poderão ditar as cartas sem disfarce. E tome aí: perda dos direitos trabalhistas, reforma de previdência, terceirização e tudo o mais.

E que venham os protestos.

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