quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Profecia como repetição

Meu pai hoje ao passar em frente à IURD daqui de Ponte dos Leites recebeu um livreto com mensagens do Bispo Macedo. Era a versão de um dos brasileiros mais inteligentes vivos para o Apocalipse, no qual há a ameaça de que estamos em um mundo ruim, tal como mas profecias do livro, e que o caminho era a fé em Jesus, isto é, pagar em dia o dizimo e a oferta. Confesso que não é algo que se deva ler quando você sabe que a mãe de seu amigo não està bem de saúde.

Em meio a isso falei com minha mãe sobre como esse livro, escrito no contexto da dominação romana no Oriente Médio, convence muita gente como profecia. Minha mãe disse que era por conta de similaridades entre aquele mundo e o atual. Eu concluí: nós, humanos, nos repetimos.

Heloísa Fischer em sua inserção na radio CBN apresentou trecho de uma ária de Julio César de Haendel. No trecho apresentado um egípcio quer vingar a morte do pai pelos soldados romanos na ocupação do Egito em 48a.c

A escolha feita por Heloísa foi para relacionar com o noticiário atual sobre aquele paìs. Faz sentido: o império da antiguidade hoje està em uma área estratégica e e Egito é um paìs desenvolvido economicamente para níveis africanos. No lugar de Roma, vemos Nova Iorque. No lugar da loba que amamenta Rômulo e Remo, tem aquela escultura do touro. E Júlio César muda de cara de tempos em tempos. Hoje ele é negão e seu pai veio do mesmo continente do Egito.

Enfim, guardadas as devidas diferenças históricas, o que fazemos é nos repetir. Não é preciso profecias.

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