sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Para o segundo turno não passar em branco

Segundo Turno: Gabeira x Paes. Crivella de fora...a capital (ainda) não virou Teerã. De um lado um esquerdista clássico com idéias do século XXI em um país (e cidade) no século XVI. De outro o sucessor natural do atual prefeito- de quem já foi secretário e subprefeito e só é o que é graças a Cesar Maia - dizendo-se contra a atual administração. Puro jogo político.

Em meio a tudo isso se acende um dos defeitos mais tacanhos de nós cariocas: o excessivo bairrismo e orgulho por algo que nunca fomos. Correligionários de Paes espalham que Gabeira é "anti-subúrbio" e muitos suburbanos vem e gritam por um certo "orgulho suburbano".

A diferença entre a Zona Sul, parte da Zona Norte (Grande Tijuca, Alto da Boa Vista e Ilha), Oeste (Barra e Recreio), Centro (Santa Teresa) e as demais partes da cidade são evidentes. No entanto quem é orgulhoso ou quem tem ao menos amor por onde mora, saberia cobrar bem de seus governantes as suas obrigações ao invés de colocar uma faixa no estilo "agradecemos ao vereador zé das couves por esta quadra de futebol". Ou se lamentar num idílico espaço de boa vizinhança e samba, quando hoje o funk, o tráfico e as milícias dominam o mundo real de forma trágica. O subúrbio merece respeito, mas isso deveria vir, principalmente de seus moradores. E não cair num complexo de inferioridade que só beneficia certos grupos políticos. Neste caso o orgulho é, de fato, um pecado capital.

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