sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A praia

Talvez tenha sido 2010 o ano em que mais fui nesse recinto pouco acolhedor para quem tem um índice de massa corporal acima de 30. E não menciono só o fato de morar em um balneário e me tornar, como diz um certo cidadão de Baltimore, o Laguna Boy. No próprio Rio, onde nasci, me criei e trabalho, isso também tem acontecido.

Lá, nas Baixadas Litorâneas o clima é mais solitário. É aventurar-se na solidão de Araruama, no estado libidinal de Iguaba ou na pura estética de Arraial e Cabo Frio. Cair na futilidade de Búzios e achar graça nisso. E ainda tem a querida Barra de São João, cuja região tenho um forte carinho desde os meus 14 anos e graças ao Osmar tenho ido mais aquele lugar em dias frios, calmos e doidos, a uma maneira que só estando lá se pode interpretar.


E cá em São Sebastião a experiência tem sido digna de um clipe cubo-futurista. Mãos - fetiche que passei a ter depois de uns tempos pra cá- pernas, bunda, genitais, rostos em meio à aglomeração louca que as praias cariocas permitem. Isso acontece desde que me entendo por gente, o que chama a atenção são as ações que tem ocorrido a partir daí. Nada que tenha efeito prático, mas situações que já fazem valer o dia, mesmo quando se tem figuras pedindo dinheiro para pagar a cadeira e o guarda-sol na praia.

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