quinta-feira, 26 de abril de 2012

Dicró conta

Lá se foi Dicró, talvez um dos últimos a ter a irreverência, deboche e a leveza carioca, ainda que mesquitense.


No dia que o STF se pronunciou a favor das cotas raciais nas universidades e, em meio a posts meio intelectuais, meio de esquerda a favor e outros meio intelectuais, meio de direita insistindo na ideia de democracia racial e afins, uma anedota do mestre.


Estava Dicró indo para um show na Barra. Interpelado por um segurança se deparou com "Tá indo pra onde negão?". Ele; "To indo trabalhar!". A resposta "Se manda que você não vai vender nada aqui não, vaza".


A "confusão" do segurança é emblemática. Ela em si não explica tudo, mas é um sintoma de algo institucionalizado nestas terras: o racismo. O Brasil que deixa um dos últimos malandros e no qual fico não é, definitivamente, o mesmo apregoado cinicamente por Kamel, Magnoli e afins. Sorry, burguesia. Meritocracia é o cacete!

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